sábado, 24 de maio de 2008

Cartão de credito não é arma.

“Bispo do Xingu defende compra de facões para os índios no Pará.”
“Dom Erwin Krautler, que também é presidente do Cimi, disse que facão não é arma. Em Altamira, índios voltaram a protestar contra o projeto da usina de Belo Monte.”


Facão realmente não foi criado para ser arma, e sim, uma ferramenta de trabalho, mas em caso de necessidade ou de vontade pode-se perfeitamente transformá-lo em arma. Quem nunca viu o Steven Seagal matando uns caboco com o cartão de crédito? Então qualquer coisa pode ser transformada em arma, o que importa é: Qual a finalidade que se vai dar aquele instrumento. E qual a intenção de alguém em ir a um protesto com facão, porrete e arco e flecha? Se há um conflito de interesses e o clima pode ficar tenso, para que levar arma se não se tem a intenção de usar?
Outra declaração interessante do Padre: “Se alguém pede para que se compre um facão porque não comprar? O facão não é uma arma. Se depois acontece algumas coisa, não é culpa daquele que comprou o facão”. Imaginem a seguinte situação:
Você está no trânsito e bate em outro carro. O motorista e o carona saem do carro em que você bateu e o motorista vai logo pedindo a chave de rodas para o carona. Lembrando que chave de roda não é arma, o que passa pela sua cabeça?
a) Ele é borracheiro e a chave é apenas seu instrumento de trabalho.
b) Será que furou o pneu?
c) Ele vai arrebentar minha cabeça com a chave!
Então acontece a mais improvável das três opções, letra “c”. O carona não tem culpa nenhuma no incidente, a culpa não é dele, ele só pegou a chave para um amigo.
“Ribeiro disse que comprou os facões a pedido de um cacique kaiapó para rituais indígenas”. Como entendo mais ou menos esse negócio de História não me recordo que os índios brasileiros tivessem o domínio dos metais, eles ainda estavam no Neolítico ou Idade da Pedra Polida. Concluo então, que seria um ritual novo, uma adaptação às inovações tecnológicas. Se os índios estão se utilizando de novas tecnologias, o que eles querem com reservas de matas nativas e sem a intromissão do homem branco? Para preservar a cultura? Ou será para vender madeira de árvores centenárias e comprar caminhonetes importadas? Eles deveriam seguir o exemplo dos japoneses que preservam suas tradições em suas escolas e em computadores de última geração.

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